Eles se conectavam de tal maneira que a visão já não mais importava. Embora sem se verem, era real. O amor entre os cegos prova que a beleza em um relacionamento – seja ele romântico ou não – não depende somente da beleza exterior. E o que a sociedade valoriza tanto nas aparências efêmeras? A beleza é essencial, sim. Agora, é necessário analisarmos sobre qual beleza estamos falando.
Em um documentário, a nigeriana Chimamanda Adichie debate sobre as perspectivas que temos de algo. O que é belo a principio, pode não ser tanto se analisado. E aquilo que não segue os padrões vigentes pode logo se tornar apaixonante quando encarado profundamente. É disso que a sociedade contemporânea necessita, mais profundidade ao invés da perda de tempo na obsessão pela aquisição do que é o convite, o superficial.
Não raro, vê-se pequenas crianças idealizando certo estereótipo divulgado pela mídia. Observe os príncipes e princesas que aprendemos a gostar quando crianças, eles nos manipulavam a achar que certo tipo de beleza é a “correta”. E essas crianças se não ensinadas sobre a verdadeira beleza – esta que é mais profunda – se debaterão por toda vida, muitas vezes até de forma obsessiva, para chegar naqueles padrões propostos, e muitas vezes, não conseguindo, frustram-se e são levados à depressão. É preciso analisar o que é passado aos jovens, alertando-os sobre a importância de um olhar crítico.
- Beleza é essencial, sem dúvida.
- Agora analisemos a beleza que é valorizada. Ela tem um senso de autenticidade ou é simplesmente padronizada?
- A verdadeira beleza encanta até os deficientes visuais, e só o senso crítico poderá nos levar a uma crítica sobre a alienação.
- A beleza imposta é muito vazia, prefira definir seu próprio conceito.
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