Aquela velha TV? Virou lixo. A caixa do lanche? Virou lixo. As latas de refrigerante no final da festa? Também viraram lixo. E se tudo que produzimos, no final, torna-se resíduo sólido, onde abrigaremos tanto material descartado? Eis a realidade atual. Alvo do consumismo, a sociedade brasileira se entrega de forma não moderada ao consumo. Devido a ascensão econômico-social do país, a taxa de consumo aumentou, e consequentemente o volume de lixo também, levando o Brasil a ser o país emergente que mais produz lixo per capita anual.
O consumo exacerbado não foi seguido de uma melhora no recolhimento de resíduo sólido. O precário sistema conta com baixíssima infraestrutura para deposição de resíduos orgânicos, e as políticas atuais de incentivo à reciclagem, bem como o apoio à coleta seletiva, mesmo em notável crescimento, continuam baixas, principalmente em determinadas regiões mais pobres.
O aumento da produção de lixo brasileiro, resultado da melhoria do poder de compra da população pode ser atenuado com devidas medidas, tanto de caráter social como político. O maior investimento no setor, estimulando a criação de melhores aterros por parte municipal, é inevitável. Evidenciar os benefícios da reciclagem também, devendo serem transmitidos desde a idade escolar.
Não raro, vê-se que o lixo pode se tornar novamente algo útil, como é explorado pelos diretores brasileiros, João Jardim e Karen Harley e a britânica Lucy Walker, no documentário “Lixo Extraordinário”, no qual é relatado um artista plástico brasileiro, Vik Muniz, que faz do lixo um verdadeiro luxo e arte.
Os caminhos do lixo podem ser vários, menos negligência política e social. Estes devem manter-se rígidos para que o planeta e a saúde humana sejam poupados, aliando o bem-estar, a ecologia e o crescimento econômico sempre
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