“Deixa-te guiar, ó alma humana, um passo a dentro do reino da matéria fina.”
Os nossos sentidos físicos nada percebem sobre matéria fina, pois essa se encontra além. Depois da morte humana certamente nos depararemos com essa realidade, despreparados seremos sombras tolas em busca de uma direção. Não se deixe enganar, os sagazes da matéria densa irão sofrer, irão gritar, e inebriados buscarão ficar conscientes. Podemos palavrear inúmeros sermões e serão vários nadas, o ímpeto interior é desprovido de palavras, é contido em percepções. Na Terra não conhecemos o som livre e alegre da visão clara, tudo está encoberto pelo véu da ilusão. Caminhemos juntos em busca do vislumbre mais vivaz do que é real!
“De que vos valem, fiéis, as vossas preces se não deixastes tornar ação, naturalidade, em vós próprios, a palavra do Senhor!” O anseio pelo reino de Deus arde dentro de vós, e quão mais se prendem a ideias fixadas, quão mais se afastam da matéria fina. Acepções falsas permeiam vossas religiões, deixai cair aquilo que te foi passado, questione e medite em seu interior cada “verdade” que lhes foi dita.
Perdidos estão os que se devotaram às exterioridades de suas igrejas, templos e mesquitas. Entristecidos, prosseguem, de matéria densa vivem. Mas na profunda reflexão pode-se chegar à convicção. Pasmado perceberá quão intenso e gratificante é recolher-se. E depois realizar. “Espiritualiza aquilo que crias com tuas mãos!” E lentamente vais despertando, de modo consciente, cada vez mais consciente, para que saias do mundo da penumbra e adentre a energia que habita na matéria fina.